O que a comida oriental nos ensina sobre saúde
21 de janeiro de 2020

Quando falamos em comida oriental, antes de tudo é preciso lembrar que o termo é muito abrangente, porque o lado de lá do meridiano inclui países e regiões distintas, com ingredientes e sabores milenares próprios. No entanto, se tentarmos classificar essa alimentação, podemos encontrar alguns pontos em comum que a tornam especialmente saudável.
Isso não quer dizer que nosso feijão com arroz, nossas saladinhas e outros pratos brasileiros não tenham componentes nutritivos de alta qualidade. Muito pelo contrário. O que é interessante é somar e ampliar a cultura alimentar, conhecendo principalmente os aspectos que fazem bem para nossa saúde.
Legumes frescos em todas refeições
Os legumes variados e frescos são uma excelente fonte de fibras e nutrientes saudáveis. Os orientais costumam incluir verduras, brotos, ervas, raízes e folhas em quase todas as refeições.
Mesmo quando os legumes são servidos em quantidades pequenas isso faz diferença, porque eles estão sempre na mesa, fazendo parte da vida cotidiana.
Nas culinárias chinesa e japonesa, por exemplo, é fácil encontrar alguns legumes como pratos principais. Simplesmente porque os sabores podem ser enaltecidos pela forma de preparo e pelos temperos.
Claro que você não precisa consumir os legumes da cozinha oriental para ser mais saudável – temos excelentes opções no Brasil -, mas se quiser dar um toque de variedade no cardápio inspirado na comida oriental, temos algumas sugestões de vegetais usados tradicionalmente na cozinha japonesa e que você pode encontrar por aqui:
- Broto de bambu: é usado em conservas e refogados. Vai bem com carne de porco.
- Mioga: é uma flor usada em conservas, em refogados e no tempurá.
- Couve mizuna: tem sabor mais suave que o da couve-manteiga. Servido cru, como salada.
- Nirá: pode ser refogado ou usado como tempero.
- Nabo: pode ser consumido cru ou cozido
- Shisso: é uma erva aromática utilizada em saladas, pratos quentes e até em sorvetes.
- Acelga chinesa: verdura com sabor suave, vai à mesa in natura ou refogada.
- Broto de nabo: é amargo e picante, pode ser usado em saladas ou na finalização de pratos
- Gengibre: pode ser usado em chás e em diversas receitas, ajudando a melhorar a imunidade.
Temperos que fazem bem
Na comida oriental, o sal não é obrigatório para dar sabor aos alimentos, como acontece na culinária brasileira, por exemplo. No entanto, na cozinha asiática as pimentas e especiarias estão sempre presentes, inclusive em forma de curries.
As pimentas possuem diversas propriedades, desde melhorar a digestão até facilitar a circulação, enquanto o sal deve ser usado com cautela, já que o rim tem uma capacidade limitada para filtrá-lo e eliminá-lo, causando diversos problemas para o organismo.
As pimentas vermelhas, por exemplo, também ajudam a reduzir a fome, aumentar o gasto de energia e a queimar calorias.
O uso da cúrcuma e do açafrão da terra também são comuns no Oriente para dar sabor aos alimentos e, de quebra, promover a saúde, já que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Consumo frequente de peixe
Os orientais são famosos pelo hábito de consumir peixes, um alimento com inúmeras propriedades que ajudam no bom funcionamento do corpo e do cérebro.
Os peixes são uma excelente fonte de proteínas, ômega 3, vitamina D, cálcio, ferro e vitamina B12. São conhecidos por ajudarem na prevenção de doenças cardiovasculares, na prevenção do Alzheimer, problemas circulatórios, entre outros benefícios.
Além de deliciosos, os peixes são fáceis de preparar: podem ser grelhados, assados ou cozidos no vapor. Consumir de duas a três vezes por semana já é considerado suficiente.
No entanto, é importante tomar alguns cuidados na compra e na conservação do peixe. É preciso escolher um estabelecimento limpo, verificar se os atendentes têm cuidados com a higiene e, principalmente, observar se os peixes estão mantidos na temperatura correta. Os pescados frescos e resfriados devem ficar entre -2°C e 2°C. Quando estão congelados e embalados, deve-se observar o que informa o fabricante.
Comendo e aprendendo
Podemos aprender muito com diferentes culturas e sua alimentação. São aprendizados que, num mundo conectado, podem facilmente ser aplicados ao nosso cotidiano. Nesse sentido, não precisamos seguir as receitas de outros locais, mas podemos adaptar os ingredientes ao nosso paladar, porque, além de saudável, a comida pode e deve ser saborosa. Concorda?