Como o minimalismo pode ajudar você a ter uma vida mais leve e com mais significado
22 de dezembro de 2018

O minimalismo é mais que um estilo de vida: é uma ferramenta para identificar e remover os excessos e o que é supérfluo em busca do que é verdadeiramente essencial. Na prática, significa ter só o que é necessário e evitar desperdícios. Comprar com consciência e valorizar o que você possui, assim como as pessoas ao seu redor, também faz parte do estilo minimalista de ser.
Apesar da profusão de vídeos e artigos na internet, não existem regras claras de como tornar-se um minimalista, pois cabe a cada pessoa encontrar seu caminho na jornada. Cabe a cada um avaliar o que é importante e possui significado na sua vida. Não é preciso desfazer-se de um monte de roupas, objetos e coleções se você não quiser. A ideia principal é olhar com consciência para o que está ocupando mais espaço do que deveria, seja ele físico ou mental, e assim reavaliar seus valores e prioridades.
COMO COMEÇAR

Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus são “Os Minimalistas”, dois amigos que criaram um site e projeto para difundir o que aprenderam com o minimalismo em suas vidas. A empreitada, iniciada em 2010, já atingiu mais de 20 milhões de pessoas pelo mundo através de livros, site, podcast e documentário – disponível na Netflix e chamado “Minimalism: A Documentary About the Important Things”.
Para adotar uma vida mais minimalista, um dos primeiros passos geralmente é livrar-se de objetos e do acúmulo. A maioria das pessoas começa por uma faxina geral no quarto, na casa e em outros ambientes para, a partir da limpeza material, reavaliar seu estado emocional.
Doar ou vender o que você decidir tirar da sua casa também ajuda a dar novos usos e nova vida àquilo que já não usava mais e que outras pessoas podem aproveitar melhor.
Nesse processo, você pode se surpreender com as emoções que essa jornada provoca. É comum perceber, por exemplo, coleções, roupas, livros e outros objetos que não são utilizados e estão guardados por puro apego. Ao remover da visão e da vida aquilo que não tem mais o mesmo valor e utilidade, você abre espaço para o que realmente importa.
Os Minimalistas possuem algumas sugestões de como fazer essa limpeza e uma delas é o “Desafio dos 30 dias” onde, durante um mês, coloca-se como meta doar uma coisa no primeiro dia, duas no segundo dia e assim por diante. Quem sabe não é uma maneira bacana para inspirar você e sua família a fazer aquela faxina de final de ano e renovar as energias?
COMO ISSO PODE AJUDAR NA SAÚDE?

O minimalismo tem como base a busca por uma vida mais rica com menos coisas, como o TED dos Minimalistas diz (Clique aqui para ver o vídeo).
Quando você tira da sua vida o que não é importante, sobra espaço físico e emocional para focar no que realmente faz diferença. Saúde e bem-estar devem ser prioridade, assim como o autocuidado. Apenas quem cuida de si pode cuidar dos outros.
Esse pode ser um caminho de grande autoconhecimento. Não precisa ser da noite para o dia, basta ter o desejo de levar uma vida com mais consciência. Isso tem um grande impacto na saúde mental também, afinal abre espaço para mais conhecimento, mais tempo e menos estresse e preocupações. Quando vivemos no futuro, deixamos de aproveitar o momento presente e, por mais simples que possa parecer, focar no que estamos fazendo enquanto estamos fazendo pode ser bastante complexo em uma sociedade que supervaloriza o futuro, os sonhos e as aspirações.
Diminuir o desperdício e os gastos tem um impacto automático nas preocupações do cotidiano. Viver com mais do que você precisa pode distorcer suas prioridades e impedir que seu foco esteja no que realmente importa: na sua saúde e na sua felicidade. Que tal adotar um pouco do minimalismo na sua vida e avaliar os impactos que essa decisão pode ter?







