Um novo olhar sobre moda e sustentabilidade

(Foto: Anastasia Shuraeva/Pexels)

Podemos dizer que a pandemia nos fez pensar mais sobre os hábitos de consumo dos mais diversos produtos. E isso também vale quando o assunto é moda e sustentabilidade. Como passamos a ficar muito mais tempo em casa, percebemos que comprar novas peças de roupas se tornou algo supérfluo.

O fundador e CEO do The Business of Fashion, Imran Amed, deu uma entrevista à BBC em que falou sobre uma pesquisa que realizou sobre o impacto da pandemia na moda. O empresário destacou que as pessoas estão mais resistentes a gastar dinheiro.

“Ninguém quer comprar roupa para ficar sentado em casa. A grande maioria dos consumidores não está atualmente interessada em comprar roupa. O foco está na compra de bens essenciais”, destacou.  

Para tentar reverter esse cenário, as marcas precisaram se reinventar, não somente em relação às roupas e seus processos, mas também as formas de vendas online, investimentos em publicidade e ainda novas formas de atrair mais consumidores. E, uma das principais transformações, foi o investimento em sustentabilidade.

Mudanças e tendências de moda e sustentabilidade

Tanto as marcas como os consumidores têm buscado cada vez mais uma postura e processos mais sustentáveis. Segundo uma análise feita pelo BrandZ Global 2020, 84% das pessoas entrevistadas afirmaram que, neste momento, estão em busca de marcas que apoiam causas ambientais para realizar compras.

Essa moda com propósito tem se destacando e vem ganhando muito espaço, já que une moda e sustentabilidade. Portanto, cada vez mais as pessoas estão buscando marcas que tenham atitudes ecológicas em todos os processos por questões ambientais.

Aliás, com tantas mudanças, as indústrias fashion também decidiram investir em tendências que realmente vieram para ficar, como o estilo comfy, que busca o conforto em primeiro lugar com peças mais largas e feitas com materiais leves e macios, perfeitos para ficar em casa.

Além disso, as roupas mais básicas e coringas também ganharam espaço. Blusas monocromáticas, calças com lavagens mais neutras e, principalmente, roupas versáteis caíram no gosto das pessoas. Outra tendência são as roupas feitas com tecido antiviral, que reduzem o risco de contaminação.

Slow Fashion

Aliás, você já ouviu falar no Slow Fashion? Como o próprio nome diz, é uma moda lenta, devagar, sem exageros, ou seja, um movimento que defende a produção desacelerada, consciente e que ainda pense no meio ambiente e nos animais.

Para entrar no Slow Fashion, muitas indústrias de moda já têm colocado em prática ações como: utilizar flores e frutas como pigmentos para tingir peças, reutlizar toda a água envolvida no processo, optar por produtos sejam produzidos com matéria prima de menor impacto, como fibras naturais, por exemplo, tudo isso para minimizar os danos causados pelas atividades textiles.

O Slow Fashion ainda estimula, acima de tudo, que as pessoas usem sua criatividade para montar looks com as peças que já tem no armário, sem precisar fazer o consumo de novos itens sem necessidade. Menos é mais!  

Formas de consumir a moda de forma consciente

Para você que deseja repensar seu consumo de roupas agora mesmo, confira algumas sugestões para colocar em prática:

• Compre menos roupas com maior qualidade e durabilidade;
• Quando possível, faça o aluguel de roupas ao invés de comprar;
• Redescubra as peças que você já tem no armário;
• Consuma peças de segunda mão como as de brechós;
• Procure ler as etiquetas e buscar por composições sustentáveis;
• Busque apoiar os pequenos empreendedores.    

Aqui no site do 60+, você ainda encontra conteúdos exclusivos sobre moda masculina: dicas de como se vestir bem sem deixar a praticidade de lado, e também sobre estilo comfy.