Gorjetas: não fique mais em dúvida
10 de junho de 2019
(Foto: Shutterstock)
Seja por educação, etiqueta, agradecimento, demonstração de status ou obrigação. O fato é: as gorjetas fazem parte da nossa vida.
Não importa se é no restaurante, na manicure, no hotel ou no Uber. Muitas vezes por dia temos a chance de praticar a gorjeta, só que nem sempre sabemos qual é o percentual mais adequado.
Vai dizer que você nunca ficou em dúvida? Se esse é o seu caso, fica tranquilo, porque você não está sozinho. Essa é uma dúvida muito comum, principalmente em terras estrangeiras, quando a prática da gorjeta pode não ser esperada (em países Coreia do Sul ou no Japão) ou simplesmente ser uma grande parte do salário de quem a recebe (como acontece nos restaurantes dos Estados Unidos, onde a remuneração dos garçons praticamente vem do valor cobrado como serviço).
Nos restaurantes brasileiros, a conta geralmente traz o valor do serviço incluído. Um percentual que pode variar entre 10%, 13% e 20%. Normalmente ninguém discute esse acréscimo na conta, exceto quando o serviço é muito ruim e a sua ideia é nunca mais voltar ao local.
Como surgiu as gorjetas?

Alguns acreditam que a origem das gorjetas foi na Idade Média. No tempo em que as pessoas davam um valor extra para os garçons continuarem servindo cerveja no final da noite. O termo gorjeta vem do termo latino gurg (ou gurges), que significa “garganta”, uma derivação do termo gorja, que está associado a uma bebida que molha a garganta ou o pagamento dessa bebida. Na língua francesa, a palavra gorjeta, pourboire, significa literalmente “para beber” e em alemão Trinkgeld, ou “dinheiro para beber”.
Talvez por isso seja comum a expressão “molhar a mão”, quando a gorjeta se torna algo menos nobre e alcança uma conotação de “suborno”.
A prática das gorjetas algumas vezes pode ser polêmica. Isso porque historicamente sempre foi usada pelos empregadores como forma de manter baixos salários e transferir para o cliente a complementação salarial de forma assistencialista.
Afinal, como praticar a gorjeta então?

Como um estrangeiro consegue saber que na França não é obrigatória a gorjeta em restaurantes? Ou ainda que na Alemanha é indicado deixar para a camareira 5 Euros por noite?
A etiqueta das gorjetas varia em cada país e por isso é praticamente impossível dominá-la o tempo todo. O assunto é tão complexo que no site WikiHow existe uma seção inteira sobre o tema, mostrando as práticas de gorjeta pelo mundo afora. Confira AQUI.
Como vivemos num país onde o valor do dólar é muito alto, os percentuais de gorjeta em outros países podem até parecer excessivos na hora da conversão. Mas como ninguém gosta de parecer mal-educado ou grosseiro, é importante durante uma viagem ao exterior considerar uma pequena reserva para oferecer gorjetas em restaurantes, hotéis e táxis.
Uma regrinha básica para quem viaja a outros países é observar que nos Estados Unidos e Canadá a prática é quase obrigatória. No extremo oriente não é comum e pode ser ofensiva. Enquanto na Europa não é necessariamente obrigatória, mas bem-vindas.
Mas fique atento.

Segundo uma pesquisa feita pela agência de câmbio Travellex, cerca de 70% dos turistas dão gorjetas maiores do que os padrões locais em cada país. Tudo isso porque alguns não sabem quanto dar de gorjeta. Enquanto outros não tem dinheiro trocado e acabam dando valores mais altos.
É claro que distribuir gorjetas pode ser gratificante em muitas situações, especialmente quando recebemos um serviço excepcional. Por isso, a etiqueta também indica que, depois de receber uma gorjeta, o prestador de serviço seja gentil e agradeça. Afinal, esse percentual parte uma relação de reciprocidade.








