Comida do futuro: como será o cardápio dos nossos netos e bisnetos
13 de novembro de 2019
Dá para imaginar que a primeira geladeira doméstica surgiu somente em 1913, com o nome “Domelre” – Domestic Electric Refrigerator, nos Estados Unidos? Já pensou como as pessoas guardavam os alimentos e se alimentavam antes da popularização desse eletrodoméstico?
Só alguns anos depois vieram o microondas, os alimentos enlatados e a grande revolução dos alimentos industrializados.
Com certeza, nossos ancestrais anteriores às invenções do século XX jamais poderiam imaginar que um dia seus descendentes comprariam comida pronta no supermercado. Eles eram do tempo em que toda comida era orgânica, a procedência dos ingredientes era conhecida e supermercados não existiam.
Da mesma forma, para nós, também é difícil fazer o exercício de pensar como será a comida do futuro. Mas, de acordo com os principais especialistas em política alimentar, agricultura e nutrição, fatores como mudanças climáticas, tendências de saúde individuais e sociais e tecnologia mudarão radicalmente o que está em nossos pratos. E talvez a mudança comece antes do que a gente imagina.
4 alimentos que nossos netos e bisnetos vão achar normal
Peixes falsos

Os mares e rios estão cada vez mais poluídos por resíduos plásticos. Segundo o INBS, em recente matéria divulgada pela revista Frontiers in Marine Science, pesquisadores afirmam ter encontrado minúsculas partículas plásticas no estômago de três em cada quatro peixes que habitam as zonas remotas do Oceano Atlântico. Se continuar assim, até 2050 os mares terão mais peso em plástico do que em peixes.
Assustador, né? Por isso, assim como já existe hambúrguer de plantas que imitam carne, já estão sendo criadas substituições para o peixe. Segundo a Impossible Foods, marca americana que cria substituições para a carne, sua meta é oferecer alternativas para todos os alimentos de origem animal até 2035. Além dos peixes, prepare-se para se acostumar com os novos gostos de carne sem carne e laticínios sem laticínios.
Comida feita na impressora 3D

Já pensou que as comidinhas dos nossos netos e bisnetos poderão ser preparadas em impressoras 3D, usando farinha de insetos? A tecnologia já existe e já está sendo testada pela NASA em gravidade zero para que astronautas possam “cozinhar”, ou melhor, imprimir comidas em missões no espaço sideral. Ou seja, há uma grande chance dos fogões e fornos tradicionais serem aposentados nos próximos anos.
Alimentos adaptados ao genoma individual

Segundo a revista BBC Focus, a previsão é que até 2028 os alimentos poderão ser adaptados aos genomas das pessoas. Por meios de testes de DNA, será possível planejar a nutrição de forma personalizada, considerando os tipos de frutas, vegetais e cereais mais adequados a cada organismo.
Insetos nutritivos

Com o aumento da população no planeta, uma solução para alimentar tanta gente será o consumo de insetos, como grilos, gafanhotos, cupins, larvas de besouro entre outros. De acordo com a ONU, dois bilhões de pessoas em diversos países já utilizam os insetos como ingredientes, mas o potencial de consumo é muito maior. No Laboratório Gastronômico Nórdico, da Dinamarca, pesquisadores estão estudando formas de transformar insetos em iguarias apetitosas. Mas não é preciso ir muito longe para entender o fenômeno. Em São Paulo, o chef Alex Atala há vários anos incorporou formigas amazônicas em vários pratos do seu restaurante D.O.M. que são um verdadeiro sucesso.
Essas são apenas algumas das novidades de comida do futuro que poderão transformar radicalmente a maneira da humanidade se alimentar. Por isso, se você costuma comer alimentos com ingredientes frescos, de procedência conhecida e orgânicos, aproveite, porque isso é um luxo. Celebre cada refeição com gratidão e carinho.
Porque quando seus netos e bisnetos falarem em comidinha da vovó, talvez poucos saberão o que é um prato de feijão com bife e ovo frito de verdade.








