Vamos falar de etarismo?
23 de agosto de 2021
(Foto: Askar Abayev/Pexels)
O preconceito contra pessoas idosas, chamado etarismo (ou ageísmo ou idadismo), é algo frequente e que atinge não só os 60+, mas todos aqueles que são considerados “velhos demais” para exercer algumas funções de maneira geral.
Segundo o InfoJobs, 70% dos profissionais com cerca de 40 anos ou mais afirmaram já terem sido vítimas de preconceito devido à idade. Porém, são exatamente esses profissionais que se destacam por terem mais experiência, organização, força de vontade e até mais disposição ao trabalho, engana-se quem pensa ao contrário.
A expressão etarismo foi utilizada pela primeira vez por Robert N. Butler, gerontologista. O médico usou o termo etarismo para definir essa discriminação contra adultos considerados “mais velhos” e chama a atenção para o fato de que este é um preconceito que exclui e prejudica a saúde mental das pessoas maduras.
Sabemos que esse preconceito existe no dia a dia profissional e social, muitos de nós provavelmente já passamos por isso. Mas o fato é que a idade cronológica avança para todos e cabe a cada um escolher como quer envelhecer. Existem vários exemplos de pessoas maduras que começaram uma carreira de sucesso ou uma atividade esportiva após os 50 ou 60 anos.
É preciso entender que o envelhecimento é um processo natural e a sociedade deve tratá-lo como tal. Afinal, começamos a envelhecer a partir do momento em que nascemos.
Ou seja, valorizar e respeitar a história, a experiência e a sabedoria daqueles que já passaram por trajetórias e vivências diversas é fundamental para uma sociedade mais consciente, saudável e com oportunidade para todos.
Como combater o etarismo?

De acordo com a American Psychological Association, o etarismo é considerado um preconceito, assim como o de gênero e raça, por exemplo. Por isso, é urgente criar políticas públicas para combater e enfrentar esse tipo de discriminação séria e incompreensível.
Algumas atitudes simples podem ajudar, como:
- Garantir através de leis a proteção das pessoas que sofrem essa discriminação;
- Conscientização da população através de ações desde cedo em escolas e também palestras em empresas, por exemplo;
- Incentivar nas empresas a utilização de colaboradores multigeracionais;
- Veicular na mídia projetos e posicionamentos que defendam essa causa;
- Investir em campanhas através de meios de comunicação como televisão e internet.
A idade é apenas um número. Precisamos dar voz para essa luta, uma vez que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2031, haverá mais idosos do que crianças (até 9 anos) no País. Depende de cada um de nós combater esse preconceito, começando pelos que são mais próximos, não aceitando estereótipos e também valorizando e respeitando aqueles mais velhos que nós.
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